“Momento é bom para comprar imóveis”, afirma economista

O Banco Central reduziu recentemente a taxa básica de juros para 9,25% ao ano. Foi a primeira vez desde 2013 que a Selic atingiu um dígito. A notícia foi uma verdadeira injeção de ânimo para a economia do país, que prevê uma retomada de mercado.

Prova disso é que tão logo saiu a nova taxa, grandes bancos como Bradesco, BB e Itaú, por exemplo, anunciaram redução nos juros para linhas de crédito ao consumidor. E o que fazer diante desse bom momento? Quais as melhores opções de investimento? Levamos essa pergunta a um especialista de mercado, o economista Lucas Dezordi. Ele foi categórico ao afirmar: o momento é propício para adquirir um imóvel. Confira:

O atual momento da economia está propício para comprar / investir em imóveis?
Lucas Dezordi – Hoje a economia já mostra sinais de que, com certeza, pode ser um grande negócio investir em imóveis, principalmente porque você tem preços extremamente atrativos. Com a taxa de juros em queda, as condições de financiamento ficaram mais favoráveis para o cliente estar adquirindo seu imóvel. Tenho a convicção que nesse 2017 e nos próximos anos, vamos ter preços muito interessantes devido a oferta. É uma oportunidade muito boa de adquirir uma casa própria, apartamento, conjunto comercial e agregar isso ao seu patrimônio.

Como a economia do país reagiu às recentes turbulências políticas?
Lucas Dezordi – Elas não tiveram um impacto tão forte na economia como se imaginou. Tanto que a questão da inflação, dos juros e do câmbio se mantiveram estáveis nesse período. Agora que a situação se estabilizou, o crescimento deve ocorrer de forma mais sustentada.

Recentemente o Banco Central reduziu a taxa básica de jutos para 1 dígito, o que não acontecia desde 2013. De que forma isso ajuda a movimentar a economia?
Lucas Dezordi – A queda na taxa de juros que estava na casa dos 14% e hoje alcançou um dígito, 9%, é fundamental para a recuperação do crédito imobiliário e da economia como um todo. A gente espera que a Selic caia ainda mais para um nível de 7,5% ao ano, e que naturalmente se crie uma condição favorável e uma recuperação mais robusta do crédito no sistema financeiro. Com isso, os bancos vão ter uma situação na qual vale a pena emprestar. O crédito, empréstimos e financiamentos são a força motriz no que diz respeito à capacidade de consumo. Tanto consumo de bens não-duráveis, como alimentos, bebidas, combustíveis, como nos bens duráveis, que é o caso de um automóvel, eletrodoméstico e também do seu imóvel. Então a gente torce para que a taxa continue caindo até o patamar de 7,5%, para consolidarmos uma total recuperação do crédito econômico. Com isso, iremos ver uma retomada muito forte do setor imobiliário.

Quais as melhores opções de investimento levando-se em conta a retomada da atividade econômica?
Lucas Dezordi – Isso depende do perfil de cada investidor. Com a retomada da economia, os investimentos em imóveis e na bolsa de valores serão dois ativos com bastante retorno. No caso dos imóveis, como os preços hoje estão bastante atrativos, quem comprar nesse momento deve ter um retorno muito bom em um futuro próximo.